quinta-feira, 30 de março de 2017

Meu Processo Criativo


Não tenho um “processo criativo”... A “coisa” acontece comigo, de uma forma que eu não sei dizer. Só sei que acontece. Não paro, sento e digo: vou escrever uma poesia. Não olho para algo e penso em poesia... Já teve tanta coisa linda que fiquei olhando, admirando... Achei que merecia uma poesia, mas não fiz porque ELA não compareceu. Talvez eu não tenha treinamento para dominá-la ou não saiba o “ritual” para invocá-la. Mas é justamente isso que eu gosto: a surpresa. Fazer algo por “instinto” é como exercitar o animal para farejar a presa e dominá-la, sem nenhum conhecimento de artes marciais.
O poeta Mario Quintana, no texto intitulado de Carta, diz: “Não sei como vem um poema. Às vezes  uma palavra, uma frase ouvida, uma repentina imagem que me ocorre em qualquer parte, nas ocasiões mais insólitas”. *¹ Se ELE não sabia, imagine eu.
*¹Mario Quintana.  Em: Carta.
Coleção Melhores Poemas. Pag. 90
Minc  FNDE – PNBE – Global Editora
A.J. Cardiais
18.07.2011
imagem: a.j. cardiais

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